FORNECIMENTO DE CHIPS DEVE VOLTAR AO NORMAL NO 2º SEMESTRE DE 2022
Gühring
Calcula-se que o setor automotivo sofreu perdas de receita na ordem de US$ 60 bilhões no ano passado
Segundo estudo realizado pela consultoria Bain & Company, a escassez da cadeia global de semicondutores na produção de chips e componentes eletrônicos que atinge a indústria automobilística deve começar a se normalizar a partir do segundo semestre de 2022. Pelos cálculos da consultoria, em 2021, o setor automotivo sofreu perdas de receita na ordem de US$ 60 bilhões em razão da falta de componentes no processo de produção.
Segundo a Bain, o mercado global de semicondutores movimentou mais de US$ 450 bilhões em 2020, sendo que 70% desse montante foi originado da indústria eletroeletrônica, na produção de dispositivos como computadores e smartphones. A indústria automobilística, por sua vez, foi responsável por apenas 10%. A crise global desses componentes, porém, segue impactando os diferentes setores da indústria em todo o mundo, com perspectivas ainda incertas de retomada à normalidade.
De acordo com a consultoria global, que atua no Brasil desde 1997, existem problemas estruturais dentro da fabricação de semicondutores, com gargalos sensíveis ao longo de toda a sua cadeia, que podem resultar em novos efeitos de escassez. Por isso, segundo a Bain, “é importante que a indústria automobilística se antecipe a eventuais rupturas no futuro, sobretudo na maneira como ocorre o planejamento na sua cadeia de suprimentos - seja do ponto de vista de armazenagem de estoques ou de maior aproximação com os fornecedores”. (fonte: Bain & Company)