CNI PROJETA CRESCIMENTO DE 1,2% PARA O PIB EM 2022
Gühring
Já o crescimento do setor industrial será de apenas 0,5%
De acordo com as projeções da Confederação Nacional da Indústria (CNI), o Produto Interno Bruto (PIB) do país deve ter uma expansão de 4,7% em 2021, o suficiente apenas para recompor as perdas de 2020, quando enfrentamos o choque da primeira onda da pandemia. Para 2022, a previsão da entidade é que a economia cresça 1,2%, e a indústria, 0,5%.
Esse desempenho, para a CNI, está muito aquém da nossa capacidade, sendo resultado de um antigo conjunto de ineficiências estruturais, agravado pelos inesperados problemas trazidos pelo novo coronavírus. Entre os obstáculos recentes à reativação da economia está a desorganização das cadeias globais de produção e de transporte, que vem provocando a escassez de matérias-primas e insumos e, consequentemente, elevando os preços dos produtos industriais em todo o mundo.
No Brasil, segundo a CNI, a aceleração da inflação levou a um novo ciclo de aumento dos juros, o que desestimula o consumo e os investimentos. Além disso, a queda na renda da população, o desemprego e o endividamento das famílias continuarão afetando a atividade econômica em 2022.
No entanto, há um entrave que tem prejudicado o crescimento do país há muitos anos. É o custo Brasil, que reduz a capacidade das empresas de enfrentarem em igualdade de condições os principais competidores internacionais. Para CNI, atacar o custo Brasil é uma tarefa que requer, em primeiro lugar, a simplificação e a correção das distorções do sistema de arrecadação de impostos. É indispensável, ainda, adaptar a tributação do lucro das companhias às normas globais e aperfeiçoar os marcos regulatórios da infraestrutura, além de incentivar a ciência, a tecnologia e a inovação.
Também é imprescindível aumentar a segurança jurídica e recuperar a estabilidade macroeconômica. Inflação controlada, juros baixos e equilíbrio fiscal são fundamentais para melhorar a confiança dos investidores e atrair capitais produtivos. Essas e outras recomendações fazem parte do documento Propostas para a retomada da indústria e geração de emprego, elaborado pela CNI a partir de sugestões de diversas entidades representativas do setor industrial. O trabalho foi entregue recentemente ao governo federal. (fonte: Portal CNI)