A indústria aeroespacial brasileira é uma das mais importantes e também a maior do Hemisfério Sul. O Brasil tem o quarto maior parque industrial aeroespacial do mundo. Nossa indústria opera de forma globalizada, e dela saem jatos comerciais de grande porte, aeronaves militares, jatos executivos de pequeno e médio porte, helicópteros, aeronaves não tripuladas, como drones, entre outros produtos. A cadeia de suprimentos que circunda esse segmento é composta de centenas de fornecedores da área de montagens, aeroestruturas (asas, fuselagem, trem de pouso, freios aerodinâmicos e a própria cauda dos aviões), peças para motores, usinagem, ferramentas especiais, equipamentos de rádio, sistemas de navegação, sistemas de controle de tráfego aéreo, entre outras. Manutenção, reparos, revisões e serviços de engenharia em diferentes tipos de aeronaves também fazem parte dessa cadeia. Para se ter ideia, somente o complexo produtivo da Embraer, empresa brasileira responsável por mais de 40 modelos de aeronaves, é composto de 70 empresas. Em São José dos Campos, São Paulo, onde fica a sede da Embraer, está localizado o maior cluster aeroespacial da América Latina, com 100 empresas do setor.
Exigência máxima em ferramenta e processo
A Gühring tem um leque de ferramentas de alta performance para operações de usinagem no setor aeronáutico. Os componentes utilizados neste segmento exigem precisão dimensional e excelente qualidade no acabamento superficial. Requer também componentes estruturais de formato complexo, materiais resistentes à alta temperatura, especificações e padrões. Resumindo: difícil haver qualquer segmento fora do setor da aviação em que as exigências de ferramentas sejam tão elevadas.
As ferramentas da Gühring permitem a usinagem com eficiência econômica e processo confiável. A tendência no ramo dos compósitos de fibra é de abandonar os materiais reforçados com fibras curtas de vidro e com eficiência de custo, utilizados em componentes de acabamento simples, e utilizar componentes estruturais em materiais de alta qualidade, com polímeros reforçados com fibras de carbono (CFRP) que permitem o uso otimizado do potencial de construção leve deste grupo de materiais. Contudo, as fibras contínuas e o formato impõem aos fabricantes de ferramenta dificuldades que precisam ser compensadas por ajustes pontuais.
Além de ferramentas de furação, alargamento e escareadores de aço rápido (HSS) ou metal duro com arestas de corte em PCD, fornecemos soluções especificamente desenhadas para o desbaste e acabamento em componentes de alumínio, titânio e superligas, bem como componentes feitos por placas dos materiais mencionados anteriormente ou para qualquer aplicação e tipo de máquina. Outros destaques são as ferramentas para furos de menor diâmetro e itens de hastes com roscas, bem como ferramentas para a montagem de componentes aeronáuticos em sistemas de rebitagem, robôs e unidades de avanço de broca.
Para a montagem de asa, que exige furos cônicos de alta precisão e retos em estruturas de alumínio e titânio, oferecemos soluções para aplicação em máquinas de furação com avanço controlado. Para operações de fresamento em CFRP e outros plásticos, fabricamos ferramentas PCD e em metal duro revestido. Para usinagem de componentes em alumínio, titânio e ligas a base de níquel, disponibilizamos fresas de metal duro com geometrias, classes de metal duro e revestimentos especialmente desenvolvidos.
Importante frisar que muitas máquinas no setor da aviação e aeroespacial continuam com interfaces para ferramentas roscadas. Por isso desenvolvemos mandris especiais de fixação por contração (sistema térmico). Estes mandris são muito compactos e possuem interface equivalente à rosca. Assim, as ferramentas de haste convencionais podem ter fixação por sistema térmico (Shrink), os custos da ferramenta podem ser reduzidos e as ferramentas soldadas se tornam supérfluas.
